Vale de Lobo deixou de pagar desde 2009 e e até os Buggies estão penhorados mas o banco não executou as garantias
A caixa podia ter executado as garantias
Segundo o site Observador que consultou os 2 últimos relatórios e contas da sociedade que gere o Resort, esses mesmo relatórios demonstram a falta de pagamento ao banco do estado em 2009 entre juros e capital.
Por força deste incumprimento, a Caixa poderia ter exigido o reembolso total dos financiamentos ou executado as garantiasque tem sobre as ações da sociedade gestora e sobre o património imobiliário e terrenos de Vale do Lobo. Pela informação disponibilizada no último relatório e contas da empresa (que não respondeu às perguntas do Observador), optou por não o fazer. O banco público esteve representado na administração da sociedade, enquanto acionista minoritário, mas a gestão continua a ser liderada pelos investidores privados que se associaram à CGD para comprar o resort há mais de dez anos.
Fontes bancárias ouvidas pelo Observador assinalam que a gestão deste dossiê é um exemplo de como a passividade da Caixa agravou os problemas de imparidades. Mais do que fazer maus negócios na concessão de crédito, o banco do Estado nem sempre atuava quando o devedor entrava em incumprimento, deixando arrastar a situação até ficar insustentável. O caso Vale do Lobo era, no entanto, singular no portefólio de operações problemáticas e teve um tratamento distinto de outras exposições ao setor imobiliário.
A Caixa fez dois grandes investimentos na área imobiliária como acionista. Um correu bem — as torres do Colombo em Lisboa — o outro correu mal. E quando Vale do Lobo descarrilou, a CGD terá tratado o tema mais como uma participação financeira do que uma operação para a direção de recuperação de crédito. O banco chegou a estar representado no conselho de administração por um diretor com o pelouro do imobiliário. Depois, quando a situação se agravou, enviou um quadro para acompanhar, do ponto de vista operacional e financeiro, a gestão do negócio.
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